Bahia em Cores

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cannabis Sativa x Cabeça Ativa.

Em Israel, o uso recreativo da maconha é proibido. Mas, para fins médicos, a droga foi liberada no começo da década. Desde 2004, uma organização não-governamental chamada Tikun Olam, "consertando o mundo", foi autorizada a iniciar a plantação da erva. Agora, o governo israelense autorizou um hospital público a realizar tratamento e a receitar maconha para os doentes; ou seja, os pacientes podem "puxar um baseado" dentro do hospital.
Citado há seis mil anos nos mais ancestrais livros da medicina chinesa, o uso terapêutico da maconha começa a ganhar espaço no século 21.
O psiquiatra Yehuda Baruch é o responsável pelo programa que receita maconha medicinal em Israel. Ele diz que os principais pacientes são os que padecem de dor crônica, e os que têm câncer.
Segundo o médico, durante a quimioterapia, a maconha diminui as náuseas, aumenta o apetite e, com isso, ajuda a controlar a perda de peso.
Além destes benefícios estão euforia leve, sensação de bem-estar, relaxamento e redução de estresse.
E como todo lado A tem seu lado Z, os malefícios são: falhas na memória recente, paranóia, agitação, falta de coordenação motora, dependência psicológica, crises psicóticas em indivíduos propensos e tosse.
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Hoje, pelo menos 400 substâncias da maconha ainda estão sendo estudadas. Mesmo assim, alguns países começam a testar a receita já seguida, principalmente, em Israel, Holanda, Canadá e Estados Unidos.
O Canadá foi o primeiro país a autorizar o uso medicinal da maconha.
Na Holanda desde 1976 a venda de maconha é permitida até em bares.
Em Portugal, usuários de maconha não vão presos, pagam multa ou vão para tratamento médico.
E aqui no Brasil? Aqui, as discussões aumentam e a briga pela liberação sempre acaba em pizza no plenário.
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Mas, o que está por trás de tudo isso? São verdades tais benefícios? E os malefícios?!
Lembro que há um tempo, diziam que a maconha era muito mais maléfica que um cigarro qualquer, hoje tenho visto que a maconha ajuda até na cura do câncer. Sem contar que tenho alguns amigos usuários que são considerados super inteligentes, contrariando então o lado Z.

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E quanto a você? O que você já ouviu sobre a Cannabis Sativa? Até que ponto você acredita ou não acredita?
Assista ao vídeo e depois deixe seu comentário logo abaixo.
Um grande abraço.

2 comentários

Ailton Carvalho 15/12/09 15:49  

Eu sou a favor tanto pelo uso medicinal como pela legalização, pois vejo que a proibição só ajuda à proliferação da criminalidade e ao jogo de interesse da indústria do tabaco. E sobretudo Deus concede o livre arbítrio a todos, e ainda nao é por força nem por violência. E de acordo com um ditado popular tudo que é proibido é mais cobiçado.

EduardoBa 16/12/09 13:58  

Antes de qualquer coisa, vamos lembrar um detalhe: várias drogas lícitas vendidas nas farmácias, são usadas ilicitamente, para obter efeitos alucinógenos ou aumentar a massa muscular.

Deste ponto de vista, devemos ter em mente, não a droga em si, e sim o objetivo do seu uso. Eu sou totalmente a favor do uso medicinal da maconha, como de qualquer erva ou droga, desde que seja para fins lícitos e terapeuticos, não devemos confundir o objetivo do uso.

A quimioterapia feita com qualquer medicamento, tende a produzir efeitos colaterais, eu pude presenciar isso, quando do tratamento do meu pai, e é claro que com a maconha não seria diferente.

Não sejamos crianças: fumar maconha, não é a mesma coisa que receber tratamento medicinal com maconha.

Quanto à questão jurídica, a lei 11343/2006 passou a dar tratamento diferenciado ao usuário em relaçao ao traficante. O traficante é passível de penas de reclusão e detenção, enquanto que o usuário é punido com penas alternativas.

A sociedade em geral, foi contra essa lei, que, embora não tenha descriminalizado o uso da maconha, continua sendo crime, livrou os usuários da prisão.

Essa reação é totalmente compreensível, pois, diante do aumento da violência, todos querem que qualquer um que cometa qualquer crime, vá para a cadeia, mas a realidade fática é a seguinte:

Antes do advento desta lei, o usuário ia para prisão, e ao invés de se ressocializar, terminava entrando para as escolas do crime, que são os nossos presídios e penitenciárias. A realidade cruel é essa: prisão não ressocializa ninguém, pois nosso sistema carcerário é uma escola do crime.

Contudo, é óbvio que os traficantes tem de continuar sendo presos para não terem a liberdade de traficar.

Concluindo, quero reiteirar o que disse inicialmente: o importante não é a droga em si, e sim o objetivo do seu uso.

Eduardo Argolo

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